quarta-feira, 6 de maio de 2009

John Patitucci

Um dos contrabaixistas mais admirados da nova geração, Patitucci descobriu o jazz por acaso, quando seu avô trouxe para casa uma caixa de discos de jazz que ninguém queria - incluindo discos de Thad Jones, Art Blakey, Wes Montgomery and Ray Charles. Tocou rock e pop na adolescência, e quando a família se mudou para a Califórnia em 1972, começou a estudar o baixo acústico. Seu professor Chris Poehler o apresentou à tradição do contrabaixo jazzístico. Patitucci estudou a obra de mestres como Ron Carter, Dave Holland, Charlie Haden, Eddie Gomez, Marcus Miller, Stanley Clarke e Jaco Pastorius. Tocou com o pianista Gap Mangione (irmão do pianista e trompetista Chuck Mangione) e com o vibrafonista Victor Feldman. Estudou por algum tempo na California State University e em 1982 já estava tocando com gente como Tom Scott, Robben Ford, Stan Getz, David Sanborn, Dave Grusin, Larry Carlton, Ernie Watts, Wayne Shorter e Freddie Hubbard. Em 1985 Patitucci deu um salto de visibilidade ao entrar para os grupos de Chick Corea, a Elektric Band e a Akoustic Band. (O encontro com Corea aconteceu quando John estava tocando junto com Feldman em uma festa na casa de Corea.) Com ambos os grupos Patitucci gravou vários discos e realizou inúmeras turnês. A música elaborada, ritmicamente poderosa e tecnicamente difícil de Corea lhe proporcionou o campo de provas ideal para seus vôos instrumentais. Em 1987 Patitucci fez sua estréia como líder no selo GRP, onde gravaria nos anos seguintes, e também na Stretch, a subsidiária da GRP dirigida por Chick Corea. Em 1994 voltou a residir em Nova Iorque com sua segunda esposa. Mesmo após deixar a Elektric Band, continuou trabalhando esporadicamente com Corea. No final dos anos 90, fez turnês européias com um trio formado pelo pianista Danilo Perez e pelo baterista Roy Haynes. Patitucci é um virtuose indiscutível de seu instrumento, tanto na versão acústica como na versão elétrica de seis cordas. São notáveis a sua velocidade, a nitidez de seu fraseado e a agilidade de sua mão esquerda, descrevendo com aparente facilidade saltos e figuras complexas no plano melódico e rítmico. Alguns críticos o censuram por (supostas) ocasionais exibições um tanto gratuitas de virtuosismo, mas, caso isso seja verdade, é plenamente compensado pelo material musicalmente denso e de bom gosto que Patitucci gravou.

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